Elementos

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Alfa e Ômega (Alpha & Omega)

Eu sou a terra e o céu.
Eu sou o humilde e o nobre.
Eu sou o floco de neve na noite de inverno.
Eu sou o nascimento e a morte.
Eu sou o seu último suspiro.
Eu sou aquele que lhe deu vida e liberdade,
Escolhendo o seu próprio caminho.

Tudo o que você já conheceu.
Cada semente que colheu, originou se de mim,
Eu criei você.
Minha criação é suprema.
Isto é tudo meu sonho perfeito.
Não há erros no grande jogo cósmico "perfeito" de Deus.

Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Eu sou o início e o fim dos tempos.
Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Encontro me diante de toda a minha criação nesta noite.

Eu sou a escuridão e a luz.
Eu sou o dia e a noite.
Eu sou a ilusão.
Eu sou o eco.
Eu sou o medo e o ódio.
Eu sou um estranho familiar.
Eu sou a sombra, Eu sou uma estrela que te guia
Até o fim dos tempos.

Tudo o que você já conheceu.
Cada semente que você colheu veio de mim,
Eu criei você.
Minha criação é suprema.
Isto é tudo meu sonho perfeito.
Não há erros no grande jogo cósmico "perfeito" de Deus.

Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Eu sou o início e o fim dos tempos.
Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Encontro me diante de toda a minha criação nesta noite.

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Tao Absoluto

Lao Tzu diz: O Tao que pode ser dito não é o Tao absoluto.


ASSIM, ELE NÃO DIZIA NADA, não escrevia nada. Então os que os discípulos ficavam fazendo com ele? Eles apenas ficavam com ele, viviam com ele, caminhavam com ele, simplesmente se embebiam do seu ser.


Quando estavam perto dele, tentavam ficar aberto a ele; quando estavam perto dele,tentavam não pensar em nada; quando estavam perto dele, ficavam cada mais mais calados. Nesse silêncio, ele os alcançava, ia até eles e batia às suas portas.



Por noventa anos ele se recusou a escrever ou a dizer qualquer coisa. Esta era a sua atitude básica: a verdade não pode ser ensinada. No momento em que você diz algo sobre a verdade, ela deixa de ser verdadeira; o próprio dizer a falsifica. Você não pode ensiná-la; no máximo você pode indicá-la, e essa indicação deveria ser o seu próprio ser, toda a su vida; ela não pode ser indicada com palavra. Ele era contrário às palavras,à linguagem.




Conta-se que ele costumava caminhar todos os dias pela manhã, e um vizinho costumava segui-lo. Sabendo perfeitamente bem que ele não queria falar, que era um homem de um silêncio absoluto, o vizinho sempe ficava quieto. Até um "alô" não era permitido. Dizer: "Que bela manhã!" seria um tagarelar demasiado. Lao Tzu dava uma boa caminhada, de quilômetros, e o vizinho o seguia.



Isso continuou durante anos, mas uma vez aconteceu de o vizinho receber um hóspede que também quis acompanhá-los, então o vizinho o levou junto. Ele não conhecia Lao Tzu, nem suas maneiras, então começou a se sentir sufocado, porque o seu anfitrião não estava falando, e ele não podia entender por que eles estavam tão calados; e o silêncio ficou pesado para ele.




Se você não sabe como ficar em silêncio, o silêncio fica pesado. Não é que por dizer coisas você se comunica, não; por dizer coisas você se descarrega. Na verdade, a comunicação não é possível por meio de palavras, e apenas o oposto é possível; você pode evitar a comunicação. Você pode falar, pode criar uma cortina de palavras à sua volta, de tal modo que situação real não possa ser conhecida pelos outros; você se fecha por meio de palavras.


Aquele homem começou a se sentir despido, sufocado e desconfortável; ele estava constrangido. Então, quando o sol estava nascendo, ele simplesmente disse: "Que belo alvorecer, olhem...! Que sol maravilhoso esta nascendo! Que bela manhã!"


Ele só disse isso, mas ninguém respondeu, porque o vizinho, seu anfitrião, sabia que Lao Tzu não gostaria de ouvir nada. E, é claro, Lao Tzu não disse nada, não respondeu. Quando eles voltaram, Lao Tzu disse ao vizinho; "A partir de amanhã, não traga mais esse homem. Ele é um tagarela. Ele só havia dito isto: "Que belo alvorecer...que bela manhã". Apenas isso numa caminhada de duas ou três horas, mas Lao Tzu disse: "Não traga mais esse tagarela. Ele fala demais e sem necessidade, pois tambem tenho olhos e posso ver que o sol está nascendo e que ele é lindo. Qual a necessidade de se dizer isso?"


Esta é a primeira sentença do livro: "o Tao que pode ser dito não é o Tao absoluto." Este é o primeiro ponto que ele precisa salientar; tudo o que pode ser dito nao pode ser verdadeiro. Essa é a introdução do livro e simplesmente o alerta; algumas palavras seguirão, mas não seja vítima delas. Lembre-se da ausência de palavras, do que não pode ser comunicado pela linguagem, do que não pode ser comunicado po meio de palavas.


A verdade não pode se dita por muitas razões, e a primeira e mais básica é que a verdae é sempre percebida em silêncio, e como você pode dizer por meio de som aquilo que é percebido no silêncio? Trata-se de uma experiência, e não de um pensamento.


A verdade não pode ser expressa porque o próprio alcançar a verdade se dá por meio do silêncio, da ausência de som, da ausência de pensamento. A mente não pode entender , não pode perceber a verdade; então,como pode expressà-la?


A verdade não pode ser dita, mas, no próprio esforço de dizê-la pode surgir um desejo naquele que ouve de conhece o que não pode ser expresso.


"O Tao que pode ser dito não é o Tao absoluto." No máximo pode ser relativo.

Por exemplo, podemos dizer alguma coisa sobre a luz a um cego, sabendo perfeitamente bem que é impossível comunicar algo sobre a luz, pois ele não tem a experiência da luz. Mas algo pode ser dito sobre a luz, teorias sobre a luz podem ser criadas. Mesmo um cego pode se tornar um especialista sobre a luz, sobre toda a ciência da luz, não há problema nisso, mas ele não entenderá o que é a luz.
Ele saberá em que consiste a luz, entenderá a sua física, a poesia da luz, mas não a sua realidade, o que é a luz; a experiência da luz não será entendida. Assim tudo o que é dito a um cego sobre a luz é apenas relativo; é algo sobre a luz e não a própria luz. A luz não pode ser comunicada.
Algo pode ser dito sobre Deus, mas Deus não pode ser explicado. Esse "algo" permanece relativo para quem ouve, para a sua compreensão, para o seu domínio intelectual, para o seu treinamento, para o seu desejo de entender. Isso permanece relativo, relativo a muitas coisas, mas essa nunca pode se tornar a experiência absoluta. Essa é a primeira razão de a verdade não poder ser expressa.
A segunda razão é que ela é uma experiência. Se você nunca conheceu o amor, quando alguém diz algo sobre ele, você ouvirá a palavra mas deixará escapar o seu significado. A palavra está no dicionário e saberá o que ela significa, mas o signficado está em você, pois o significado vem por meio da experiência. Se você amou alguém , então conhece o significado da palavra "amor". O significado literal está no dicionário, na linguagem, na gramática, mas o significado experimental e existencial está em você.
Se você disser alguma coisa, isso é vazio, a menos que você traga a sua experiência junto com o que você diz. Quando a sua experiência entra em cena, o que você diz se torna significativo; do contrário, o que você diz permanece vazio, palavras e mais palavras.

Como a verdade pode ser expressa e você não a experimentou? Até na vida comum algo não experimentado não pode ser dito; apenas palavras serão transmitidas. O recipiente chegará a você, mas o conteúdo será perdido; uma palavra vazia irá na sua direção, você a ouvirá e achará que entende porque conhece o seu significado literal, mas não a compreenderá na realidade.
O significado real e autêntico vem por meio da experiência existencial. Você terá de conhecê-la, não existe outra maneira, não existem atalhos. A verdade não pode ser transferida, você não pode roubá-la, não pode emprestá-la, não pode comprá-la, não pode mendigá-la, não há como fazer isso.
A menos que você a tenha, não pode tê-la.
"O Tao que pode ser dito não é o Tao absoluto"....Lembre se dessa condição.
Osho-Tao,sua história e seus ensinamentos- pág 32 a 37