Elementos

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Alfa e Ômega (Alpha & Omega)

Eu sou a terra e o céu.
Eu sou o humilde e o nobre.
Eu sou o floco de neve na noite de inverno.
Eu sou o nascimento e a morte.
Eu sou o seu último suspiro.
Eu sou aquele que lhe deu vida e liberdade,
Escolhendo o seu próprio caminho.

Tudo o que você já conheceu.
Cada semente que colheu, originou se de mim,
Eu criei você.
Minha criação é suprema.
Isto é tudo meu sonho perfeito.
Não há erros no grande jogo cósmico "perfeito" de Deus.

Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Eu sou o início e o fim dos tempos.
Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Encontro me diante de toda a minha criação nesta noite.

Eu sou a escuridão e a luz.
Eu sou o dia e a noite.
Eu sou a ilusão.
Eu sou o eco.
Eu sou o medo e o ódio.
Eu sou um estranho familiar.
Eu sou a sombra, Eu sou uma estrela que te guia
Até o fim dos tempos.

Tudo o que você já conheceu.
Cada semente que você colheu veio de mim,
Eu criei você.
Minha criação é suprema.
Isto é tudo meu sonho perfeito.
Não há erros no grande jogo cósmico "perfeito" de Deus.

Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Eu sou o início e o fim dos tempos.
Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Encontro me diante de toda a minha criação nesta noite.

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tentação de Jesus

Mateus 4. 1-11



1. Então foi levado Jesus pelo espírito ao deserto para ser posto à prova pelo adversário.


2. E tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome.


3. Chegando o tentador disse- lhe: "Se és filho de Deus, dize que estas pedras se tornem pães."


4. Mas Jesus respondeu: "Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas tudo o que sai da boca de Deus."


5-Então o adversário o levou à cidade santa e o colocou sobre o pináculo do templo.


6. E disse- lhe:"Se és filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: "a seus anjos ordenará a teu respeito, e eles te sustentarão em suas mãos, para não tropeçares em alguma pedra."


7. Também está escrito:"Não tentarás o Senhor teu Deus",


8. De novo o adversário o levou a um monte muito alto e mostrou lhe todos os reinos do mundo e o apreço deles,

9. e disse- lhe:"tudo isto te darei se, prostrado, me adorares".


10. Respondeu- lhe Jesus:"Vai pra trás,antagonista, porque está escrito:"ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele darás culto."



11. Então o adversário o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviam.






Após ter a individualidade(Jesus) realizado o Sublime Encontro ou Mergulho no Fogo, Cristo Interior, é ela levada para consolidar essa união no "deserto", onde permanece em oração e meditação. Realmente, só no isolamento podemos conseguir uma fixação e vibrações em faixas tão delicadas de frequência tão elevada. E o burburinho ocasonaria distração. Por isso, quando o Momento Sublime se apresenta, o discípulo é levado pelo Espírito(individualidade) ao isolamento, onde viverá em oração e meditação.



O "deserto" exprime um lugar "sem habitantes". Qualquer espírito elevado, que saia de seu "habitat" natural no mundo dos espíritos e venha à Terra, penetra realmente num deserto e, como diz Marcos, "vive entre as feras" embora "os anjos o sirvam" , ou seja, os "espíritos" bons jamais o deixem abandonado.



O número 40 tem um significado especial: exprime o arcano do plano físico, sublinhando seu caráter material. Representa a esfera da concretização das formas nervosas, isto é, a materialização(encarnação) do astral e do etérico. Então, os 40 dias no deserto entre feras(mas servido pelos anjos)é a vida da Centelha divina no planeta Terra, entre criaturas involuídas.




E sua passagem na Terra tem justamente a finalidade de "ser tentada" , ou melhor, "ser experimentada" através do "espírito" a que deu nascimento. Assim como em nossas escolas ninguém é promovido de ano sem prestar exames, assim na vida espiritual ninguem ascende de plano sem passar pelos "exames" das provações. E é exatamente por isso que se torna imprescindível a encarnação no plano físico.




Uma vez na matéria, o Espírito(individualidade) está preso ao "tentador", que pode chamar se "diabo" ou "satanás", mas é simplesmente a PERSONALIDADE, o quaternário inferior. E por mais consciente que seja o Espírito(individualidade), as "tentações"(experimentações ou provas)são inevitáveis, porque são inerentes à própria personalidade.




O Espírito, com seu mergulho no quaternário, assume novo "eu", um "eu" externo e pequeno, que é porém o "eu" que se manifesta consciente de si e que, por isso, assume a liderança da consciência. Esse "eu" menor ( ou"espírito) abafa o Espírito(individualidade) e o Eu Profundo, e passa a agir como se fora o único chefe,comandando o processo evolutivo: o "eu" menor quer agir por si e dirigir tudo, não tomando conhecimento de que exista outro "EU" superior a ele; é, por isso, o verdadeiro adversário ou antagonista do Espírito(individualidade) e do EU REAL, que se vê escondido e sediado no coração(embora em outra dimensão), forcejando por agir o que nem sempre consegue.


Dessa luta titânica entre o "eu" pequeno ou personalidade(o "espírito") e o Espírito, ou individualidade,vai resultar o progresso. Dessa luta(tentação)dá nos conta o relato evangélico.




Depois de "mergulhar" na água (de renascer através do mergulho no líquido amniótico) o Espírito é levado ao "deserto" (aos embates da Terra) para ficarm em contato com as "feras" (homens atrasados, pequenos "eus" ferozes e egoístas), permanecendo "quarenta" dias e quarenta noites (permanecendo na matéria) em jejum absoluto (em isolamento total do EU REAL). É aí que o Espírito encontra o antagonista personalizado (satanás, nosso próprio "eu" menor) que quer arrastá-lo a seus caprichos.



Surgem então as três "tentações" principais... Com efeito, as três provas citadas englobam os três aspectos da personalidade: As sensações(etérico), as emoções (astral) e o intelecto (metal concreto).






Primeira tentação: O egoísmo na luta da sobrevivência e do bem- estar, da satisfação das necessidades básicas da criatura humana: a fome, o repouso, as ânsias fisiológicas do sexo, as angústias das sensações chamadas "físicas", mas na realidade pertencentes ao duplo etérico. Então, o Espírito é instado a ceder aos desejos egoísticos dos sentidos do "eu' menor dando lhe a "alimentação" que o satisfaça, simbolizada no "pão" que mata a fome. O ato de "matar a fome" faz bem compreender a índole dessa tentação, muito mais vasta que a simples fome estomacal: trata se de SACIAR os instintos inferiores do etérico que se manifesta através do corpo denso.


Além disso, outro aspecto transparece: preso no mundo material das formas, o "espírito" (personalidade) tenta transformar as "pedras" ( que exprimem os ensinamentos interpretados à letra) em "pão" , isto é, em alimento. Explicamos: o "espírito", ao invés de adorar espiritualmente, pretere a exteriorização material da religião, que lhe possa satisfazer aos sentidos físicos, aos instintos sensoriais, emocionais e intelectuais, e por isso transforma os vãos do espírito em "pães" materiais, visíveis e sensíveis, chegando ao clímax de pretender transformar o próprio Deus em pão.


O combate a essa tentação, é feito pela auto disciplina, isto é, pela disciplina que o Espírito, guiado pelo EU REAL impõe ao "eu" menor, fazendo lhe ver que o Homem(integral)vive de tudo o que vem de Deus, desse Deus residente no coração do homem, e não apenas nas exterioridades transitórias da personalidade efêmera.




Segunda tentação: "Lancar se do pináculo do templo" na certeza de que Deus o protege em tudo, mesmo nas loucuras insensatas de pretensões vaidosas, por um privilégio a que se julga com "direito". Nas criaturas emocionalmente desequilibradas vemos a ânsia de "operar milagres"; a rebelião contra a autoridade da Razão, razão superior, a pretensão egocêntrica de que "ele" sabe e os outros são ignorantes; a ambição de possuir poderes para comandar movimentos religiosos; o desejo de ser "chefe" espiritual ou religioso nem que seja de um pugilo de criaturas que se fascinam por suas palavras, e as acompanham cegamente, tributando lhes elogios a cada palavra que proferia, e que ele aceita, com gratidão, porque lhe acaricia a vaidade.


Quantas "heresias" se multiplicaram nos primeiros séculos do cristianismo, quantas seitas pulularam nos meios evangélicos, quantos movimentos teosóficos e rosa-cruzes que se combatem, quantos milhares de "centros" espíritas se fragmentam do pensamento original, criando "inovações" quase nunca com sentido lógico, quase sempre sem razão de ser; mas o móvel subconsciente e o desejo de "chefiar" alguma coisa, de "separar se" do grupo, de concorrer demonstrando gozar de proteções especiais do mundo espiritual.


O combate a esta tentação, isto é, a vitória sobre esta prova, esse "exame" - a que só é submetida certa classe de pessoas mais evoluídas que as da anterior tentação porque já desenvolveram o corpo astral- é realizada com a auto renúncia do "eu" menor: "Não tentarás o Senhor teu Deus" exprime pois, " não quererás ser superior ao teu EU REAL, não pretenderás exigir dele favores especiais e nem quererás impor te a ele."


Jesus deu nos o exemplo típico dessa vitória: pregou um IDEAL, mas não chefiou nenhum movimento religioso; atendeu aos judeus, sem afastá los de Moisés; socorreu a sírio-fenícia, sem arrancá la de seus ídolos; elogiou o centurião romano, sem exigir repúdio a júpiter; e, no exemplo da "caridade perfeita", citou o samaritano, de religião diferente da sua. E de tal forma renunciou à sua personalidade, que o Cristo agiu através dele("nele habitou corporalmente toda a plenitude da Divindade"Col 2:9) de tal maneira, que, durante séculos, foi Ele confundido com o próprio Deus.





Terceira tentação: Esta é a experimentação que as criaturas encarnadas tem mais dificuldades em superar. Não é mais no duplo etérico, com as sensações; nem no astral, com as emoções, mas no mais terrível de todos os adversários, maior que os prazeres(sensações), maior que a vaidade(emoções); trata se do INTELECTO, isto é, do ORGULHO de julgar se melhor que os "outros". Daí parte a oposição máxima, não mais no mesmo plano, de "ser diferente", mas num plano "acima", de ser superior.



E a ambição orgulhosa do mando ataca a todos, ao lado da ambição de posses materiais(riquezas) que lhes dê prestígio e superioridade no mundo material, para garantir lhe a força da superioridade. Todos querem ser mais e melhor do que o vizinho. Se o não conseguirem, não importa: são "mais educados", "mais generosos", "mais inteligentes", "mais fortes", "mais saudáveis", ou "gozam de amizades mais ilustres", qualquer coisa se arrumará, pela qual eles "não se trocam" pelo fulano...


Para superar essa "tentação" há um só remédio: o auto-sacrifício, não mais adorando a personalidade(satanás), mas unicamente cultuando a Deus que está DENTRO DE NÓS, como também DENTRO DE TODAS AS CRIATURA.


Quando compreendermos e "sentirmos" isso, sacrificaremos o nosso personalismo e ligaremos o nosso "espírito" ao EU REAL. Colocaremos a personalidade em seu lugar, submetendo a, como o fez Jesus: "rende te, satanás", submete te à individualidade!..

Só o sacrifício, com a submissão do "eu" menor, é que pode conferir a vitória sobre o orgulho da personalidade, que desejaria dominar e submeter a si a individualidade, pedindo: "adore me!"


Quando, porém, o homem vence as três etapas, dominando as sensações, as emoções e o intelecto, ele vê que os anjos de Deus vêm serví lo, e o "eu" menor(satanás o antagonista), se retira vencido, até o "momento oportuno", porque outras provas ainda virão, todas elas ensinadas nos Evangelhos.



Carlos torres pastorino, Sabedoria do Evangelho, vol 1- páginas 121 a 125