Elementos

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Alfa e Ômega (Alpha & Omega)

Eu sou a terra e o céu.
Eu sou o humilde e o nobre.
Eu sou o floco de neve na noite de inverno.
Eu sou o nascimento e a morte.
Eu sou o seu último suspiro.
Eu sou aquele que lhe deu vida e liberdade,
Escolhendo o seu próprio caminho.

Tudo o que você já conheceu.
Cada semente que colheu, originou se de mim,
Eu criei você.
Minha criação é suprema.
Isto é tudo meu sonho perfeito.
Não há erros no grande jogo cósmico "perfeito" de Deus.

Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Eu sou o início e o fim dos tempos.
Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Encontro me diante de toda a minha criação nesta noite.

Eu sou a escuridão e a luz.
Eu sou o dia e a noite.
Eu sou a ilusão.
Eu sou o eco.
Eu sou o medo e o ódio.
Eu sou um estranho familiar.
Eu sou a sombra, Eu sou uma estrela que te guia
Até o fim dos tempos.

Tudo o que você já conheceu.
Cada semente que você colheu veio de mim,
Eu criei você.
Minha criação é suprema.
Isto é tudo meu sonho perfeito.
Não há erros no grande jogo cósmico "perfeito" de Deus.

Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Eu sou o início e o fim dos tempos.
Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Encontro me diante de toda a minha criação nesta noite.

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

“Bem-Aventurados os Mansos...”‏

Indício infalível da verdadeira auto -realização é a mansidão. O homem que encontrou o seu Eu divino é necessariamente manso.

Em que consiste a mansidão?
Consiste na desistência de qualquer violência, física como mental, e sua substituição pela do espírito.Todos os seres que não atingiram a consciência espiritual recorrem à violência paraconseguirem os seus fins. Os irracionais só conhecem violência material.

O homem, depois de intelectualizado, descobriu outro tipo de violência muito mais eficiente, que é a violência mental,violência essa que tem muitos nomes entre os homens; uns lhe chamam astúcia, outros sagacidade, outros ainda política, diplomacia, exploração, etc. No fundo, porém,é invariavelmente o mesmo: são certos argumentos analíticos de que a inteligência se serve para conseguir os seus fins próprios da personalidade do ego.

Quando, porém, o homem avança notavelmente no caminho da sua evolução superior,compreende ele que toda a violência física e mental, sem excetuar a mais alta magia mental,é sinal de fraqueza. Quando o homem descobre em si as potências divinas, desiste definitivamente de toda e qualquer espécie de violência física e mental. Não mais confia em máquinas e aparelhos materiais manobrados pela força do intelecto.

O homem auto-realizado descobriu a essência de si mesmo e de todas as coisas,essência essa que é imaterial, e por isso não mais o interessam as aparências periféricas, que os profanos consideram realidades.Por isto, não há para o homem manso de coração motivo algum para recorrer à fraquezada violência brutal, quando ele possui a força da suavidade e benevolência espiritual.

O espírito da força será substituído pela força do espírito.

As conquistas feitas pela irresistível suavidade do espírito da mansidão e do amor, como as de Jesus Cristo, de Francisco de Assis, de Mahatma Gandhi e outros continuam em milhares e milhões de almas humanas.

As coisas suaves têm duração garantida, embora a sua atuação inicial seja, quase sempre, lenta e quase imperceptível.

Huberto Rohden

“Bem-Aventurados os Misericordiosos”‏

Misericordioso é aquele que tem coração para os míseros; aquele que compreende e ama os fracos, os ignorantes, os doentes, todos os necessitados de corpo, mente e alma, e procura aliviar-lhes os sofrimentos.

Verdade é que o Cristianismo não é, simplesmente, a religião da ética ou caridade;ele é,essencialmente, místico, na sua infinita verticalidade divina mas,também, é certo que ninguém chega a essas alturas místicas da direta experiência de Deus se não se exaurir em caridades éticas para com seus semelhantes; e, depois de atingir as excelsitudes da mística, nunca deixará de manifestar pelo “segundo mandamento” o “primeiro e maior de todos os mandamentos”.

o homem plenamente crístico é dinamicamente solidário.Essa solidariedade dinâmica do homem cristificado não exclui, mas inclui a solidão espiritual do místico.O HOMEM CRÍSTICO É, POR DENTRO, UNICAMENTE DE DEUS, E, POR FORA, DE TODAS AS CREATURAS DE DEUS.

Ninguém pode ser, firme e fecundamente, solidário com os homens se não for, sólida eprofundamente, solitário em Deus. A FRATERNIDADE HUMANA SUPÕE A PATERNIDADE DE DEUS. Não basta “fazer o bem” (dar objetos) — é necessário também “ser bom” (daro sujeito).

O Cristianismo não é uma religião meramente ética, que ensine a fazer o bem —mas é sobretudo, uma religião mística, que exige que o homem seja bom. Fazer o bem é o cumprimento do segundo mandamento, “amarás o teu próximo como a ti mesmo”; ser bom é a atitude do primeiro e maior de todos os mandamentos, “amarás o senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente e com todas as tuas forças”.

Por isso, os misericordiosos que Jesus proclama bem -aventurados não são apenas pessoas eticamente boas, fazedoras do bem — mas são pessoas misticamente perfeitas,experientes de Deus, e, por isto, essencialmente boas.

Quem espera recompensa, pagamento, pelos benefícios que presta à humanidade é egoísta, mercenário, ainda que essa recompensa consista apenas no desejo de reconhecimento ou gratidão da parte de seus beneficiados.

O beneficiado, é certo, tem a obrigação de ser grato,mas o benfeitor não tem o direito de esperar gratidão! O homem crístico está liberto de qualquer espírito mercenário; trabalha inteiramente de graça, nem espera resultado algum externo de seus trabalhos. Trabalha por amor à sua grande missão, pois sabe que é embaixador plenipotenciário de Deus aqui na terra.

E é por isso, que ele trabalha com o máximo de perfeição e alegria em tudo, tanto nas coisas grandes como nas coisas pequenas. NUNCA TRABALHA PARA TER PÚBLICO QUE O APLAUDA.Por isso, NÃO O EXALTAM LOUVORES, NEM O DEPRIMEM CENSURAS; É INDIFERENTE A VIVAS E A VAIAS, A APLAUSOS E APUPOS, A BENQUERENÇAS E MALQUERENÇAS porque se libertou definitivamente de todas as escravidões do homem profano, do “homem velho”, e se revestiu da leve e luminosa vestimenta do “homem novo” liberto pela Verdade.

Esse homem vive permanentemente na atmosfera serena e sorridente da “gloriosa liberdade dos filhos de Deus” , cujo diploma crístico vem resumido nas seguintes palavras:
“QUANDO TIVERDES FEITO TUDO O QUE DEVÍEIS FAZER,DIZEI: “SOMOS SERVOS INÚTEIS, CUMPRIMOS APENAS PARA A NOSSA OBRIGAÇÃO, NENHUMA RECOMPENSA MERECEMOS POR ISTO......"

Huberto Rohden

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

“Bem-Aventurados os Puros de Coração”

“Puro de coração” é aquele que se libertou, não só dos objetos externos, mas, também,do sujeito interno, isto é, daquilo que ele idolatrava como sendo o seu sujeito, o seu eu, embora fosse apenas o seu pseudo-eu, o seu pequeno ego físico-mental.

Quem se libertou dos bens materiais fora dele possui o “reino dos céus” , porque o seu reino já não é deste mundo; rejeitou a oferta do ego luciférico “eu te darei todos os reinos do mundo e sua glória” - mas quem se libertou, também, do maior pseudo bem dentro dele, o seu idolatrado ego personal, esse tem a certeza de “ver a Deus”, verá o verdadeiro Deus, porque olha para além do seu falso eu.

De maneira que ser puro de coração é ainda mais glorioso do que ser pobre pelo espírito; ser interiormente livre da obsessão do ego vivo é mais do que ser livre da escravidão da matéria morta.

Aliás, ninguém pode ser realmente livre da matéria morta dos bens externos sem ser livre da ilusão do ego vivo, porque tudo que eu chamo “meu” é apenas um reflexo e uma conseqüência do meu falso “eu”, o ego físico -mental; se o meu falso eu se tivesse integrado no verdadeiro Eu, que é o Universo em mim, não teria eu necessidade alguma de me apegar àquilo que chamo “meu”, os bens individuais.

O egoísta impuro não pode ver a Deus, que é amor puríssimo.

O egoísmo, portanto, a egolatria, equivale a uma cegueira mental. Entre o Deus -amor e o homem egoísta se ergue,por assim dizer uma muralha opaca que intercepta a luz divina. Enquanto o homem não ultrapassar as estreitas barreiras do seu ego personal, está com o s olhos vendados, separados de Deus por uma camada impermeável à luz, que é a impureza do coração.

Por mais que um ególatra ouça falar em Deus, nada compreende, porque com preender supõe ser. Ninguém pode compreender senão aquilo que ele vive ou é no seu íntimo ser.

Entender é um ato mental,mas compreender é uma atitude vital; entender mentalmente é uma função parcial, unilateral do nosso ego humano — compreender é uma vivência total, unilateral, do nosso Eu divino.Quem não é divino não pode saber o que é Deus.

Huberto Rohden

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

“Bem-Aventurados os Pobres Pelo Espírito!”

Poucas palavras do Evangelho sofreram, através dos séculos, tão grande adulteração e ludíbrio tamanho como estes. Escritores e oradores de fama mundial, e até ministros do Evangelho, aderem à blasfêmia de que o Nazareno tenha proclamado bem -aventurados e cidadãos do reino dos céus os "pobres de espírito", isto é, os apoucados de inteligência, os idiotas e imbecis, os mentalmente medíocres.

Se assim fosse, o próprio Nazareno, riquíssimo de espírito, não faria parte dos bem -aventurados e possuidores do reino dos céus.Nem no texto grego do primeiro século, nem na tradução latina da Vulgata se encontre o tópico "pobres de espírito", mas sim "pobres pelo espírito", ou seja, "pobres segundo o espírito"(em grego: tô pneu mati, no terceiro caso, dativo, não no segundo, genitivo; em latim: spiritu, no sexto caso, ablativo não no genitivo).

Na tradução "de espírito" entende -se o genitivo, como se disséssemos: "fulano é pobre de saúde, de inteligência", isto é, falta -lhe saúde, inteligência. De maneira que nem a gramática nem o espírito geral do Nazareno permitem a tradução "pobres de espírito", que, no entanto, se tornou abuso quase universal.

Jesus proclama bem-aventurados, cidadãos do reino dos céus, agora e aqui mesmo,todos aqueles que são pobres, ou desapegados, dos bens terrenos, não pela força compulsória das circunstâncias externas e fortuitas, mas sim pela livre e espontânea escolha espiritual; os que, podendo possuir bens materiais, resolveram livremente despossuir -se deles, por amor aos bens espirituais, fiéis ao espírito do Cristo: "Não acumuleis para vós bens na terra — mas acumulai bens nos céus".

O verdadeiro abandono, porém, não consiste em uma fuga ou deserção externa, massim em uma libertação interna. Pode o milionário possuir externamen-te os seus milhões, e estar internamente liberto deles — e pode, também, o mendigo não possuir bens materiais e,no entanto, viver escravizado pelo desejo de os possuir, e, neste caso, é ele escravo daquilo que não possui, assim como o milionário pode ser livre daquilo que possui. Este possui sem ser possuído — aquele é possuído pelo que não possui.

Naturalmente, quem é incapaz de se libertar internamente do apego aos bens materiais sem os abandonar, também, externamente, esse deve ter a coragem e sinceridade consigo mesmo de se despossuir deles, também, no plano objetivo, a fim de conseguir a "pobreza pelo espírito",isto é, a libertação interior. Aquele jovem rico do Evangelho, ao que parece, era incapaz de possuir sem ser possuído; por isso, o divino Mestre lhe recomendou que se despossuísse de tudo a fim de não ser possuído de nada — mas ele falhou. E por isso se retirou, triste e pesaroso, "porque era possuidor de muitos bens". Possuidor? não — era possuído de muitos bens.

Quem fez dos bens materiais um fim, em vez de um meio, pratica idolatria, porque"ninguém pode servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro". Quem serve é servo, escravo,inferior. Quem serve ao dinheiro proclama o dinheiro seu senhor e soberano e a si mesmo servo e súdito. Mas quem obriga o dinheiro a servir -lhe é senhor do mesmo, porque usa o dinheiro como meio para algum fim superior.

Bem-aventurados os pobres pelo espírito, os que, pela força do espírito, se emanciparamda escravidão da matéria. Deles é o reino dos céus, agora, aqui, e para sempre e por toda a parte, porque, sendo que o reino dos céus está dentro do homem, esse homem leva consigo o reino da sua felicidade aonde quer que vá...

O nosso pequeno ego humano é muito fraco, e necessita de ser escorado por muitosbens materiais para se sentir um pouco mais forte e seguro mas o nosso Eu divino é tão forte que pode dispensar essas escoras e muletas externas e sentir-se perfeitamente seguro pela força interna do espírito.

Huberto Rohden

Janela ao Divino

Na filosofia indiana,a natureza da verdade suprema tem sido descrita como verdade(satyam),beleza(sundaram)e bondade(shivam).Estas são as características de Deus?Estas não são as qualidades de Deus.Melhor dizendo,são as nossas experiências de Deus.Elas não pertencem ao divino como tal;elas são as nossas percepções.O divino,por si mesmo,é incognoscível.Ou ele é todas as qualidades ou não é qualidade alguma.Mas tal como é constituída,a mente humana pode experimentar o divino através de três janelas:você pode ter o vislumbre ou através da beleza,ou através da verdade ou através da bondade.

Estas três dimensões pertencem a mente humana.Estas são as nossas limitações.A moldura é dada por nós;o divino em si é sem moldura.é sim.Podemos ver o céu pela janela.A janela parece uma moldura ao redor do céu,mas o céu em si não tem moldura ao redor dele.É infinito.Somente a janela lhe dá uma moldura.

Da mesma forma,beleza,verdade e bondade são as janelas através das quais podemos vislumbrar o divino.A personalidade humana está dividida em três camada.Se o intelecto é predominante,então o divino toma a forma da verdade.A abordagem intelectual cria a janela da verdade,a moldura da verdade.Se a mente é emocional,se alguém chega à realidade não através da cabeça,mas através do coração,então o divino transforma-se em beleza.

A qualidade poética é dada por você.É apenas a moldura.O intelecto da-lhe a moldura da verdade;a emoção dá-lhe a moldura da beleza.E se a personalidade não é nem emocional,nem intelectual,se a ação é predominante,então a moldura torna-se bondade.Por tanto,aqui na Índia,nós usamos estes três termos para o divino.Bhakti yoga significa o caminho da devoção e é para o tipo emocional.Deus é visto como beleza.Jnana yoga é o caminho do conhecimento.Deus é visto como a verdade.Karma yoga é o caminho da ação.Deus é bondade.

Estas três característica(verdade,bondade e beleza)são categorias humanas emolduradas em torno do divino,o qual é,em si mesmo,sem moldura.Não são qualidades do divino como tal. Se a mente humana conceber o divino através de qualquer quarta dimensão,então esta quarta dimensão também tornar-se-á uma qualidade do divino.Se uma mente é predominantemente intelectual,não pode entender a mente emocional e vice-versa.

Eis porque há tanto mal-entendido e tantas definições.Nenhuma definição única pode ser aceita por toda a humanidade.Deus deve chegar a você nos seus próprios termos.Quando você definir Deus,você será parte da definição.A definição virá de você.Deus como tal é indefinível.Logo,aqueles que olham para ele através destas três janelas,têm imposto uma certa forma,suas próprias definições ao divino.

Há também a possibilidade de um quarto modo de ver o divino,para aquele que transcedeu a estas três dimensões em sua personalidade.Há um tipo de consciência na qual você não é nem intelectual,nem emocional,nem ativo,mas simplesmente consciente.Então você não está olhando o céu através da janela.Você saiu da casa e conheceu o céu sem janela.Não há padrão,não há moldura.Somente o tipo de consciência que realizou a quarta pode entender as limitações das outras três.

Ela pode entender as similaridades subjacentes entre a beleza,a verdade e a bondade.Somente o quarto tipo pode compreender e tolerar.Os outros três tipos estarão sempre discutindo.Portanto,estas não são as qualidades divinas.Estas são as qualidades divinas TAL QUAL CONCEBIDAS POR NÓS!Se podemos destruir nossas janelas,podemos conhecer o divino como ausente de qualidades,nirguna.Então podemos ir além das qualidades.Somente então a projeção humana não ocorre.

Mas então torna-se muito difícil dizer algo.O que quer que possa ser dito a respeito do divino,pode ser dito apenas através das janelas,porque qualuqer coisa que possa ser dita está realmente dita a respeito das janelas,não a respeito do céu em si.Quando vemos além das janelas,o céu é tão vasto,tão ilimitado.Não pode ser definido.Todas as palavras são inaplicáveis;todas as teorias são inadequadas.A quarta pode apenas mostrar;pode apenas indicar.Eis porque a quarta tem permanecida misteriosa.

E a quarta é a mais autêntica,porque não é colorida pelas percepções humanas.Sempre que alguém aborda o divino,dever estar consciente de sua própria mente.Se aborda o divino pela mente,o divino é colorido por ela...

Se você aborda o divino sem mente,sem você,sem a interferência do humano;se aborda o divino como um vazio;como um vácuo,um nada;sem quaisquer preconceitos,sem quaisquer propensão a ver as coisas de uma forma particular,então você conhece a ausência de qualidade do divino,caso contrário não.

Caso contrário,todas as qualidades que damos ao divino pertencem às nossas janelas humanas.Nós as impomos ao divino.

Osho-A psicologia do Esotérico

O Deus monista de Jesus

A concepção que Jesus tem de Deus não é POLITEÍSTA,como a dos greco-romanos pagãos,nem é MONOTEÍSTA,como a dos judeus e cristãos,nem mesmo PANTEÍSTA,como a ideologia de alguns orientais,a concepção de Jesus é tipicamente MONISTA.

Tanto os POLITEÍSTAS como os MONOTEÍSTAS estabelecem total dualidade entre Deus(deuses) e o mundo.O PANTEÍSMO,por seu turno,identifica Deus com o mundo,ou com a soma total das creaturas.Se os DUALISTAS afirmam unilateralmente a TRANSCEDÊNCIA sem a IMANÊNCIA de Deus,os PANTEÍSTAS pecam pelo extremo oposto,afirmando unilateralmente a IMANÊNCIA(ou identidade)e negando a TRANSCEDÊNCIA(ou alteridade) entre Deus e o mundo.Se os DUALISTAS pecam por SEPARATISMO,o PANTEÍSTA peca por IDENTIFICAÇÃO.

A noção que o Nazareno tem de Deus não é a dos romanos,nem a dos judeus;por outro lado,ele também não é panteísta,como certos orientais.A noção que o Nazareno tem de Deus é EQÜIDISTANTE do SEPARATISMO judaico-romano e da IDENTIFICAÇÃO do PANTEÍSMO oriental.A noção do Nazareno é tipicamente MONISTA;para ele,"EU E O PAI SOMOS UM,O PAI ESTÁ EM MIM E EU ESTOU NO PAI,MAS O PAI É MAIOR DO QUE EU."E olhando para outros homens ele acrescenta:"O PAI ESTÁ EM VÓS,E VÓS ESTAIS NO PAI."E chega ao ponto de dizer:'VÓS SOIS DEUSES",não no sentido politeísta,mas no sentido MONISTA;isto é:a ESSÊNCIA da DIVINDADE está em vós,mas a vossa EXISTÊNCIA humana é apenas uma MANIFESTAÇÃO INDIVIDUAL DESSA ESSÊNCIA UNIVERSAL.

Assim como uma onda do mar poderia dizer:eu e o mar somos um,eu estou no mar,e o mar está em mim,mas o mar é maior do que eu.As teologias cristãs,através dos séculos,não permaneceram fiéis a esse MONISMO CÓSMICO do Nazareno;recaíram no MONOTEÍSMO DUALISTA da sinagoga de Israel,considerando Deus como separado do mundo e do homem.

Filósofos modernos crearam a palavra "PANENTEÍSMO",em vez de monismo,que quer dizer"tudo em Deus",mas não "tudo é Deus",como quer o panteísmo.O MONISMO OU PANENTEÍSMO do Nazareno,representa uma atitude única e inédita,não contagiada nem pelo judaísmo,nem pelo paganismo ocidentais,nem tampouco pelo panteísmo oriental.

Huberto Rohden

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Jesus e seus precursores

Sabe-se que os homens e suas religiões evoluem de modo paralelo; conforme o povo se faz cada vez mais civilizado, a sua religião também progride tanto em seus aspectos quanto na sua prática. A medida que a humani­dade assimila e cultua ideais mais elevados, esforçando-se para uma realização moral mais sadia, também o seu culto e o seu entendimento da Divindade manifestam-se sob me­lhor compreensão e bom senso.

O sentimento religioso é inato no homem e o precede mesmo na sua adaptação ao mundo material, como o provam os selvagens na sua busca de Deus, adorando o vento, o sol e outros fenômenos da natureza. O homem civilizado e inteligente difere nessa mesma procura deísta, porque a sua devoção sublima-se em aspectos mais delicados, como a Luz, Energia, Divindade ou Absoluto!Daí a inutilidade das discussões religiosas quanto a fixar-se a religião mais certa, uma vez que essa condição é dependente, primordialmente, da com­preensão e do grau de cultura dos próprios adeptos.

Porém, a despeito dessa diversidade de credos, o Cristianismo é a única Religião Universal prevalecente, no futuro, porque suas bases são absolutamente inconfundíveis e imodificável. Mes­mo que a humanidade alcance o mais alto índice de cultura e sabedoria, jamais repudiará conceitos cristãos corno o "ama ao próximo como a ti mesmo" ou "fazes aos outros o que queres que te façam"! Em qualquer posto de comando ou grau de cultura, os fundamentos do Cristianismo continuarão inalteráveis, por­quanto aconselham ou determinam um "estado de espírito" superior na criatura humana, qualquer que seja a sua raça, inteligência ou posição social.

E' uma doutrina que se ajusta ao anjo, ao selvagem, ao senhor, ao escravo, ao rico, ao pobre, ao santo, ao criminoso, ao sábio e ao ignorante!Há muitos séculos, os precursores de Jesus têm ensinado máximas semelhantes, porém, nenhum deles conseguiu con­solidá-las em bases indestrutíveis no entendimento comum de todos os homens! "Ama ao próximo como a ti mesmo" é sentença de fulgência moral eterna, pois o seu sentido fra­terno envolve toda humanidade. Jesus, portanto, fundou a Religião definitiva ou a doutrina imutável da atualidade e do futuro; deu-nos o meio de relações espirituais entre a criatura e o seu Criador, a qualquer momento e em qualquer latitude geográfica.

O Cristianismo baseado nas fórmulas do Evangelho, imu­tável no tempo e no espaço, dispensa que alguém, lhe altere uma vírgula ou um til na sua estrutura doutrinária! Jesus, seu fundador, deve ser considerado o mais elevado instrutor espiritual do orbe, acima de seus precursores, embora estes sejam dignos do tributo devocional, visto terem-lhe prepa­rado o caminho messiânico, Embora o Budismo seja um movimento ético religioso de elevado alcance espiritual, falta-lhe aquela tonalidade da amplitude universal do Cristianis­mo. Enquanto, para ser cristão dentro da ética pregada por Jesus, o homem de qualquer raça ou posição social pode aceitar e viver os seus princípios, o budismo está confinado a uma espécie de limitação geográfica, a um temperamento de raça e gosto.

Enquanto o oriental pode ser tão cristão quanto o ocidental, o asiático será sempre um "melhor" bu­dista do que o latino, o eslavo ou o germânico.Jesus, tendo sido o sintetizador do ensino desses precur­sores, não veio, pois, criar coisas novas ou destruir coisas velhas, mas simplesmente consolidar o velho e puro ensina­mento sempre latente na tradição religiosa dos templos.E' óbvio que tudo o que já haviam dito Manu, Antúlio, Numu, Orfeu, Hermes, Rama, Zoroastro, Crisna, Buda, Fo-Hi, Lao-Tsé, Confúcio, Moisés, Pitágoras, Platão, Sócrates ou Maomé, ele o fez protestando veementemente contra os apa­ratos cerimoniais e o exaustivo simbolismo, que sufocam a beleza pura do ensino doado pelo Alto.

O seu Evangelho está implicita­mente exemplificado no seu modo de amar e de viver; aquele contínuo silêncio e o seu estoicismo ante a inutilidade de reagir contra a estupidez humana,falam-nos com mais força do que a multiplicidade de palavras sentenciosas que lhe qui­seram atribuir, copiando-as da boca de outros iniciados me­nores.A força eterna de Jesus — já o dissemos — situa-se fundamentalmente na sua incondicional proteção à po­breza, à desgraça, à infelicidade humana! Basta isso para reavivar-lhe novamente a beleza crística, pois o mundo des­graçado de hoje já compreendeu que só o Amor de Jesus o salvará!

O SUBLIME PEREGRINO-RAMATÍS

segunda-feira, 6 de julho de 2009

ENCONTRO CONTIGO MESMO

QUANTAS VEZES TE ENCONTRAS COM TEUS AMIGOS?E NUNCA TE ENCONTRAS CONTIGO MESMO?
NÃO COM O TEU EGO EXTERNO-SIM COM O TEU EU INTERNO...
O ENCONTRO COM O TEU CENTRO RESOLVERIA OS PROBLEMAS DAS TUAS PERIFERIAS.
O ENCONTRO COM A TUA ALMA RESOVERIAS OS PROBLEMAS DA TUA MENTE E DO TEU CORPO.MARCA,CADA MANHÃ CEDO,UM ENCONTRO COM A TUA ALMA.
LONGE DE TODOS OS RUÍDOS DA TUA MENTE E DO TEU CORPO.
ILOSA-TE EM PROFUNDO SILÊNCIO E SOLIDÃO.ESVAZIA-TE DE TUDO O QUE TENS ESERÁS PLENIFICADO PELO QUE ÉS.

FAZE DO TEU EGO UMA TOTAL VACUIDADEE SERÁS PLENIFICADO PELO EU DIVINO.ONDE HÁ UMA VACUIDADE ACONTECE UMA PLENITUDE.
É ESTA MARAVILHOSA MATEMÁTICA DO UNIVERSO.
ENTRA,EM CADA MANHÃ,NUM GRANDE SILÊNCIO.
NUM SILÊNCIO PLENICONSCIENTE.
NO SILÊNCIO DA PRESENÇA.
NO SILÊNCIO DA PLENITUDE.
ABRE OS TEUS CANAIS RUMO À FONTE CÓSMICA E AS ÁGUAS VIVAS DO UNIVERSO FLUIRÃO ATRAVÉS DOS TEUS CANAIS.
E NUNCA MAIS TE SENTIRÁS FRUSTRADO,ANGUSTIADO,INFELIZ.
ESSE ENCONTRO COM O TEU CENTRO DE ENERGIA BENEFICIARÁ TODAS AS PERIFERIAS DA TUA VIDA DIÁRIA.
ATÉ OS TRABALHOS MAIS PROSAICOS TE PARECERÃO POÉTICOS.E AS PESSOAS ANTIPÁTICAS TE SERÃO SIMPÁTICAS.

NENHUMA INJUSTIÇA TE FARÁ INJUSTO.
NENHUMA MALDADE TE FARÁ MAL.
NENHUMA INGRATIDÃO TE FARÁ INGRATO.
NENHUMA AMARGURA TE FARÁ AMARGO.
NENHUMA OFENSA TE FARÁ OFENSOR NEM OFENDIDO.
E ESTENDERÁS O ARCO-ÍRIS DA PAZ SOBRE TODOS OS DILÚVIOS DAS TUAS LÁGRIMAS.
SE TE ENCONTRARES CONTIGO MESMO...

ISOLA-TE,NUMA HORA DE PROFUNDO SILÊNCIO E SOLIDÃO.
MAIS TARDE,SERÁS CAPAZ DE ESTAR A SÓS CONTIGO EM PLENA SOCIEDADE,NO MEIO DA TUA ATIVIDADE PROFISSIONAL.
E ENTÃO TERÁS RESOLVIDO DIFINITIVAMENTE O PROBLEMA DA TUA VIDA TERRESTRE.

O MUNDO DE DEUS NÃO TE AFASTARÁ MAIS DO DEUS DO MUNDO.

HUBERTO ROHDEN

PREPARA-TE PARA A VIDA

DISSESTE-ME,ALMA AMIGA QUE A GRANDE TAREFA DE SUA VIDA ERA PREPARAR-TE PARA A MORTE.
QUE SÓ DESEJAVAS UMA BOA MORTE-NADA MAIS.SE PENSASTE ÀS DIREITAS FALASTE ÀS AVESSAS.
TU,QUE TENS SAÚDE,INTELIGÊNCIA,PREPARO.
TU,QUE VIVES A PRIMAVERA DA VIDA
TU,QUE ENTRAS NO MUNDO DE BRAÇOS ABERTOS.

TU,QUE INICIAS A GRANDE VIAGEM.
NÃO DEVE FALAR EM PREPARAR-TE PARA A MORTE,PREPARA-TE PARA A VIDA!
SE BOA FOR A TUA VIDA-NÃO SERÁ MÁ A TUA MORTE.
NÃO SABES QUE A MORTE É COROLÁRIO DA VIDA?IGNORAS QUE O MORRER É O ECO DO VIVER?
COMO PODIA SER A TUA MORTE SE BOA FOI A TUA VIDA?RECEIAS A MORTE QUAL NEGRO FANTASMA?
POR QUE HESITARIA A FRUTA MADURA EM DESPRENDER-SE DA HASTE?
POR QUE SE DESPRENDERIA COM DOR O QUE AMADURECEU COM AMOR?

NÃO TE PREPARES PARA DESAPEGAR-TE DA ÁRVORE,VIVES COMO DEVES,E SERÁ ESPONTÂNEO E NATURAL O SEU DESAPEGO...
NÃO MORRA ANTES DE VIVER-NÃO FAÇA O SEGUNDO ANTES DO PRIMEIRO!
NÃO FAÇAS A CAUSA DEPENDER DO EFEITO!
NÃO PENSES NO SONO NOTURNO-ANTE DE ENTREGAR-TE AO LABORES DIURNOS!NÃO CHORES O OCASO-ANTES DO SORRISO DA AURORA!
ENCHE DE GRANDE TESOUROS A BARQUINHA DA TUA VIDA-E ENTRE CONTENTE NAS ÁGUAS DO PORTO!
SEMEIA DE MÃOS CHEIAS ÁUREOS CEREAIS-E RECOLHE FARTA MESSE DE FRUTO MADURO!PREPARA-TE PARA A MORTE-ENRIQUECENDO A TUA VIDA!

A MORTE NÃO FAZ O QUE A VIDA NÃO FEZ,COLHE-TE COMO ÉS.
A MORTE NÃO RETOCA A TUA ALMA-REVELA APENAS O QUE A VIDA FOTOGRAFOU.
SOMBRAS E LUZES-BOAS E MÁS PERSPECTIVAS...
REVELA ÀS CLARAS O QUE ÁS ESCURAS DIZIAM IMAGENS LATENTES...ETERNAMENTE SERÁS O QUE EM TEMPO A VIDA TE FEZ...
PREPRA-TE,POIS,PARA A VIDA-E A MORTE DIRÁ O QUE FOI A TUA VIDA...
FAZE DA VIDA UMA SEMENTEIRA DO BEM-E SERÁ A MORTE UMA COLHEITA DE FELICIDADE...
LIBERTA O ESPÍRITO DAS ALGEMAS DO EGO-
E A MORTE TE LEVARÁ AOS SEIOS DE DEUS.À VIDA ETERNA...AO AMOR IMORTAL...

huberto rohden

A Busca - Krishnamurti

Longamente peregrinei por este mundo de coisas efêmeras.Dele conheci os passageiros deleites.Como o belo arco-íris,que muito cedo em nada se desfaz,assim, desde as origens do mundo,vi todas as coisas passarem –Belas, festivas, deleitáveis.Na busca do Eterno perdi-me entre coisa finitas;De todas provei, em busca da Verdade.

No perpassar das idades,conheci as delícias do mundo efêmero –A terna mãe com seus filhos,o arrogante e o livre,o mendigo que erra pela face da terra,o conforto dos ricos,a mulher tentadora,o belo e o feio,o autoritário, o poderoso,o homem importante, o benfeitor, o protetor,o oprimido e o opressor,o libertador e o tirano,o homem de muitas posses,o renunciante – o sannyasi;o homem prático e o sonhador,o arrogante sacerdote de suntuosas vestes e o humilde devoto,o poeta, o artista, o criador.

Prostrei-me diante dos altares do mundo,conheci uma a uma as religiões.Cerimônias inúmeras pratiquei,regalei-me das pompas do mundo,Combatente fui, de batalhas ganhas e perdidas,desprezei e fui desprezado,passei pelas tristezas e agonias de inúmeras desditas,nadei em prazeres e na opulência.

Nos secretos recantos de meu coração, exultei,conheci nascimentos e mortes sem conta,todas essas efêmeras esferas percorri,entre êxtases passageiros, certo de sua perenidade,no entanto, jamais encontrei o eterno Reino da Felicidade.
Outrora eu te buscava –Ó Verdade eterna,Culminância de toda Sabedoria!No topo da montanha,no céu constelado,nas sombras do terno luar,nos templos do homem,nos livros dos doutos,na tenra folha primaveril,nas águas irrequietas,no rosto do homem,no regato cantarolante,na tristeza, na dor,na alegria e no êxtase –Mas não Te encontrei.


Assim como o montanhista ascende aos altos picos,largando a cada passo seus múltiplos fardos,assim também me alcei às alturas,abandonando as coisas transitórias.
Como o sannyasi de áureas vestes,a buscar felicidade, com sua taça de mendicante,assim também renunciei.


Como o jardineiro que mata as ervas daninhas de seu jardim,assim também aniquilei o ego.Como os ventos,Sou livre e sem entraves.
Forte e diligente como o vento que penetra os ocultos recantos do vale,rebusquei os recessos de minha alma,purificando-me de todas as coisas,passadas e presentes.


Qual o silêncio que, de súbito,se estende sobre o mundo rumoroso,assim também, subitamente, Te encontrei no fundo do coração de todas as coisas e do meu próprio.

Sobre a trilha da montanha,sentado numa pedra,a meu lado e dentro de mim Te encontrei e, em Ti e em mim contidas, todas as coisas.Feliz o homem que em tudo que depara encontra a Ti e a mim,na luz do sol poente,a filtrar-se entre as delicadas rendas de uma árvore primaveril,eu Te contemplei.Nas lucilantes estrelas Te contemplei.Na ave que passa célere e desaparece no negror da montanha,Te contemplei.

Tua glória despertou a glória que em mim dormia.Tendo encontrado, ó mundo,A Verdade, a Felicidade eterna,dela desejo dar.

Vem, meditemos juntos,juntos ponderemos e sejamos felizes,raciocinemos juntos e façamos surgir a felicidade.
Tendo provado e conhecido a pleno as tristezas e dores,os êxtases e alegrias deste mundo efêmero,compreendo tua aflição.A glória de uma borboleta só dura um dia,assim também, ó mundo, são teus deleites e prazeres.Como as tristezas da criança,assim, ó mundo, são tuas tristezas e dores,teus prazeres, que levam a constante aflição,tuas desditas, que geram maiores desditas,incessante luta e fúteis vitórias.


Como o delicado botão,após padecer longo inverno,desabrocha e de fragrâncias o ar embalsama,para murchar antes de cair o sol,assim são tuas lutas, teus grandes feitos, e tua morte-- Uma roda de dor e de prazer,de nascimento e morte.
Assim como andei perdido entre as coisas transitórias,em busca daquela eterna Felicidade,assim também tu, ó mundo, estás perdido na esfera do efêmero.Desperta e reúne tuas forças,olha em torno e medita.


Aquela Felicidade imarcescível,Felicidade que é a única Verdade,que é o fim de toda busca,de toda indagação e dúvida,que liberta do nascimento e da morte,Felicidade que é a única lei,o único refúgio,a fonte de todas as coisas,que dá perene conforto,essa real Felicidade, que é Iluminação,em ti habita.
Tendo-me fortalecido,desejo dar desta Felicidade.Tendo alcançado o desprendimento afetuoso,desejo dar desta Felicidade.Tendo alcançado a tranqüilidade apaixonada,desejo dar desta Felicidade.Tendo vencido a vida e a morte,desejo dar desta Felicidade.


Larga, ó mundo, tuas vaidades e segue-me,pois sei o caminho que leva ao cume da montanha,sei o caminho que leva ao fim desta agitação e tormento.

Só existe uma Verdade,uma Lei,um Refúgio,um Guia para aquela eterna Felicidade.
Desperta, ergue-te medita e reúne tuas forças.


Livro: A BUSCA (páginas 5 a 16 )

domingo, 14 de junho de 2009

Nosso interesse em alguma coisa é baseado apenas na recompensa?

O que queremos dizer com "interesse"?Como acontece essa mudança de interesse para tédio?
O que significa"interesse"?Você se interessa por aquilo que o agrada,que lhe dá uma recompensa,não é?O interesse não é um processo de ganância?
Você se interessaria por alguma coisa da qual não tirasse algum proveito?Não.

O interesse é mantido enquanto você está ganhando alguma coisa.Ganho é interesse,não é?
Você tenta obter satisfação de todas as coisas com que entra em contato,e,depois de usá-las,completamente,perde o interesse por elas,fica entediado.
Toda aquisição é uma forma de tédio,de enfado.Queremos trocar os nossos brinquedos.tão logo perdemos interesse por um,queremos outro,e sempre há um novo brinquedo para o qual nos voltamos.

Nós nos voltamos para alguma coisa a fim de obtê-la.Em tudo há o desejo de obter:no prazer,no conhecimento,na fama,no poder,na eficiência,na formação de uma família e assim por diante.
Quando não há nada mais a obter em uma religião,em um salvador,perdemos o interesse e vamos procurar outro.Alguns adormecem em uma organização qualquer e nunca mais despertam,e aqueles que despertam,adormecem novamente,juntando-se a outra organização.


Esse movimento de aquisição é chamado de expansão do pensamento,de progresso."O interesse é sempre aquisição?"
Você se interessa por algo que não lhe dá alguma coisa,seja uma brincadeira,um jogo,uma conversa,um livro ou uma pessoa?

Se uma pintura não lhe dá alguma coisa,você a ignora.Se uma pessoa não o estimula,nem o pertuba de alguma maneira,se não há dor nem prazer em um relacionamento,você perde o interesse,fica enfadado.Já notou isso?

"Notei,mas nunca vi isso dessa maneira."

Você não viria aqui,se não quisesse alguma coisa.
O que você quer é livrar-se do tédio.Como não posso libertá-lo,você ficará novamente entediado.
Mas se nós,juntos,pudermos entendermos esse processo de adquirir,de interesse e de tédio,talvez,então,possa haver liberdade.Não se pode adquirir liberdade.
Se você a obtiver,logo ficará entediado.Adquirir não embota a mente?A aquisição,de modo positivo ou negativo,é um fardo.

Assim que temos o que queríamos,perdemos o interesse.Enquanto estamos tentando possuir,ficamos alertas,interessados,mas posse é tédio.
Você pode querer mais,mas a busca de mais é apenas um movimento em direção ao tédio.Você tenta várias formas de aquisição e,enquanto há esforço para isso,há interesse,mas quando algo é obtido,sempre vem o tédio.Não é isso o que está acontecendo?


Krishnamurti-Tédio e Interesse-O que você está fazendo com a sua vida?

domingo, 5 de abril de 2009

Os primogênitos da luz

Antes do princípio dos princípios,eras Tu-Espírito eterno...
Tão profundo era o oceano do teu Ser,que,por todos os litorais,transbordou-gotas de plenitude da Tua Essência se difundiram pelas plagas do Nada da existência.

Tão imenso era o sol da tua inteligência e vontade que da pelnitude dos seus incêndios saltaram centelhas para a vacuidade das zonas circunjacentes...

Tão feliz eras tu na posse consciente das tuas infinitas perfeições-que quiseste comunicar a outros seres a veemência da tua beatitude...

Mas não existia ser algum fora de ti-faltava o alvo que receber pudesse a exuberância da tua imensa plenitude...
Veio então o teu divino poder em socorro ao teu ardente amor-creou a tua potência um objeto para a tua benquerença...

Foi então que,sobre os eternos abismos do Nada,ecoou o primeiro fiat dos lábios divinos:Haja seres!
E eis que ,no mesmo instante,surgiram na noite cósmica as estrelas matutinas do universo!..

Milhares e miríades de espíritos responderam com a voz da existência ao brado que repercutiu pelo deserto da inexistência...

Filhos primogênitos do divino poder-na alvorada virgem do teu amor...
Qual imensa via-láctea,circundaram o teu trono,ó eterno,ó eterno-as primícias do mundo espiritual...

Qual arco-íris de luz,cingiram com suas magneficências o astro divino-fonte dos teus etéreos primores...
Preclaras inteligências,vontades retíssimas,seres dotados de indizível formosura-eram esses espíritos as mais perfeitas imagens Divindade...

Primas diáfanos que em epopéias multicores refragiam a luz incolor do sol divino...
Limpíssimas gotas d'orvalho que,na madrugada do cosmos,cintilavam,trêmulas de felicidade-à luz matutina do teu amor...

Como seria possível,meu Deus,creares seres tão perfeitos-sem serem divindades?...
Como conseguiste afirmar o teu trono do teu supremo e único monoteísmo-no meio dessas legiões de quase divino poder,sabedoria e beleza?...

Tão divinamente belos e fortes eram esses sopros esses sopros da tua onipotência creadora,que muitos,deslumbrados de si mesmos,julgaram ser Deus...
Esqueceram-se de que eram raios solares-e não sóis...

E,no momento em que esses raios solares proclamaram a sua orgulhosa independência-separaram-se da fonte da luz...Mergulharam nas trevas.

Meteoros nortunos,erram esses espíritos náufragos pelos mundos de Deus.

Repletos de trevas-conspiram contra todas as luzes...
Infelizes-querem infelicitar todos os seres...
Sem amor-odeiam os filhos do amor...
Luz-sem calor...
Meteoros gelados...

Huberto Rodhen-Os primogênitos da luz.

terça-feira, 31 de março de 2009

Diferentes canções de um mesmo cantor

Cada ser é uma canção de Deus: única, individual, incomparável, que não se repete, mas, ainda assim, vinda da mesma fonte. Cada canção tem sua própria fragrância, sua própria beleza, sua própria música, sua própria melodia, mas o cantor é o mesmo. Todos nós somos diferentes canções de um mesmo cantor, diferentes gestos de um mesmo dançarino.Começar a sentir isso é meditação. Então, os conflitos desaparecem, as invejas se tornam impossíveis e a violência fica inimaginável, porque, no mundo todo, não existe ninguém além de nossos próprios reflexos. Se pertencemos à mesma fonte, como todas as ondas do oceano, então qual é o sentido do conflito, da competição, de se sentir superior ou inferior e todas essas tolices? Ninguém é superior e ninguém é inferior, cada um é simplesmente si mesmo.E cada um é tão único que nunca antes houve nenhum outro indivíduo como você, e não há possibilidade de haver um indivíduo como você novamente. Na verdade, você próprio não é o mesmo em dois momentos consecutivos. Ontem você era uma pessoa diferente, hoje você é uma outra pessoa. Amanhã, ninguém sabe.

Cada ser é um fluxo, uma mudança constante, um rio fluindo. Heráclito diz que você não pode pisar no mesmo rio duas vezes. E eu lhe digo: você não pode pisar no mesmo rio nem mesmo uma vez, porque o rio está constantemente fluindo. E o rio representa a vida.É tremendamente significante o fato de cada indivíduo ser único. Então, todos os complexos de inferioridade e de superioridade podem simplesmente cair por terra. Então, não há nenhum sentido em se carregar um ego e todo o seu peso. E o peso é muito grande – ele está matando as pessoas! E se não há sentido em se carregar o ego, não há nenhum sentido em se tornar humilde também. Porque todo o esforço das assim chamadas pessoas religiosas para se tornarem humildes existe em função do ego.Um homem de compreensão não é nem egoísta nem humilde. Ele simplesmente é. Você não pode dizer que ele seja um egoísta ou um anti-egoísta – essas palavras não se aplicam ao homem de compreensão, absolutamente, porque ele vive fora de qualquer comparação. Ele simplesmente vive autenticamente. E viver autenticamente, viver simplesmente, naturalmente, como você é, sem imitar ninguém, é permitir que Deus cante, irrestritamente, através de seu ser.OSHO, Snap Your Fingers, Slap Your Face, Wake Up!, # 5