Elementos

Elementos
Elements

Alfa e Ômega (Alpha & Omega)

Eu sou a terra e o céu.
Eu sou o humilde e o nobre.
Eu sou o floco de neve na noite de inverno.
Eu sou o nascimento e a morte.
Eu sou o seu último suspiro.
Eu sou aquele que lhe deu vida e liberdade,
Escolhendo o seu próprio caminho.

Tudo o que você já conheceu.
Cada semente que colheu, originou se de mim,
Eu criei você.
Minha criação é suprema.
Isto é tudo meu sonho perfeito.
Não há erros no grande jogo cósmico "perfeito" de Deus.

Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Eu sou o início e o fim dos tempos.
Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Encontro me diante de toda a minha criação nesta noite.

Eu sou a escuridão e a luz.
Eu sou o dia e a noite.
Eu sou a ilusão.
Eu sou o eco.
Eu sou o medo e o ódio.
Eu sou um estranho familiar.
Eu sou a sombra, Eu sou uma estrela que te guia
Até o fim dos tempos.

Tudo o que você já conheceu.
Cada semente que você colheu veio de mim,
Eu criei você.
Minha criação é suprema.
Isto é tudo meu sonho perfeito.
Não há erros no grande jogo cósmico "perfeito" de Deus.

Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Eu sou o início e o fim dos tempos.
Eu sou o ALFA, Eu sou o ÔMEGA.
Encontro me diante de toda a minha criação nesta noite.

Stratovarius

Cine Espiritualidade


Cristiano%20Moura
Quantcast

Luar

Luar
Luar

Palestras,Textos


Cosmo-Pensado
Quantcast

Seguidores

O Paraíso

O Paraíso
O Paraíso

domingo, 8 de agosto de 2010

Esquema Eterno da Missão de Jesus

João,1.1-18

1-No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus.

2-Ele estava no princípio em Deus.

3-Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada foi feito.

4-O que foi feito nele, era Vida e a Vida era a Luz dos homens;

5-e a luz resplandece nas trevas e as trevas não prevaleceram contra ela.

6-Houve um homem, chamado João, enviado de Deus.

7-Veio ele como testemunha, para dar testemunho da Luz, a fim de que por meio dele todos os homens cressem.

8-Ele não era a Luz, mas veio para dar testemunho da Luz.

9-Havia a Luz verdadeira que ilumina a todo homem que vem ao mundo.

10-Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.

11-Veio entre os seus, e os seus não o reconheceram.

12-Mas deu o poder de tornar se filho de Deus a todos os que o receberam, aos que acreditaram em seu nome,

13-que não nasceram nem do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade de homem, mas de Deus.

14-E o Verbo se fez carne e construiu seu tabernáculo dentro de nós, cheio de graça e Verdade, e nós contemplamos sua glória, glória igual ao Filho Unigênito do Pai.

15-João dá testemunho e exclama; ...Eis aquele de quem eu dizia; o que vem depois de mim é maior do que eu, por que existia antes de mim.

16-De sua plenitude todos nós recebemos, e graça por graça.

17-Porque a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.

18-Ninguém jamais viu Deus: o Filho Unigênito que está no seio do Pai é que O revelou.


Neste preâmbulo do Evangelho de João, o mais altaneiro e Inspirado, temos revelada, em poucas mas profundas palavras, a teologia que Jesus ensinou aos discípulos.

Não temos um tratado completo, mas as noções básicas para que a humanidade possa compreender o assunto.

O evangelista define, desde o início, o que pretende: falar de Deus através de suas manifestações. Não só do ABSOLUTO(no sentindo em que os hindus emprestam à palavra BRAHMAN).

A única idéia que a nossa imperfeição pode fazer de Deus, é que é o Absoluto, sem princípio e nem fim, sem limitação alguma. Não uma pessoa, mas uma Força Infinita, uma Razão Ilimitada, a Mente Universal. Falando a respeito dessa Força(de Deus), Jesus assim se expressa(Jo 4;24): "Deus é ESPÍRITO" . Então, ESPÍRITO é a palavra que pode exprimir a Inteligência Divina, essa Inteligência Universal, essa Forca Cósmica, que está em toda a parte, permeando e impregnando tudo; o absoluto, o TODO inteligente, que faz brotar as plantas e impele ao nascimento os seres, e ao mesmo tempo, que regula o movimento dos astros nos espaços infinitos.

Mas desde o princípio(e poderíamos dizer do princípio sem princípio), este ESPÍRITO era ATIVO. Ora, a atividade fundamental da Inteligência é o pensamento, ou a PALAVRA(em grego, LOGOS, em latim,VERBO).
Então a primeira manifestação da Divindade é a PALAVRA, ou seja, o PODER CRIADOR, o PAI. Mas toda palavra produz o seu efeito, toda criação produz o ser no qual o criador se transforma. E isto está dito no versículo 14; o Verbo se tornou carne", isto é, produziu o seu efeito, e apareceu o FILHO.

Eis, portanto, esboçada a teologia joanina, que, sem dúvida, devia apresentar a que Jesus lhe ensinou; DEUS, o absoluto, junto ao qual e no qual se encontrava toda a manifestação que é a sua PALAVRA, e logo a seguir o efeito dessa palavra, o FILHO. Daí a concepção da Trindade como DEUS OU ESPÍRITO- o VERBO ou PAI- o FILHO ou CRISTO.


Em outras palavras poderíamos dizer:
DEUS-o amor

O PAI- o amante
O FILHO- o amado


Por causa da aproximação do versículo 1 com o 14, houve confusão, e acreditou se que o Verbo era o Filho, não se reparando na contradição dos termos; Verbo é a palavra ativa, ao passo que o Filho é a palavra passiva. Verbo é o criador, Filho é o criado.


Então, o Filho é o resultado do Verbo, o produto do Pai, embora esteja perfeitamente certo dizer-se que "o Verbo se tornou carne". Isto- porque em Deus não há "pessoas" nem divisões possíveis; é o absoluto, o infinito, o todo. Quer o denominemos Espírito, Pai ou Filho, tudo constitui o
UM único.
Desde o princípio incriado existe em Deus o Poder Criador, o Verbo.


Por isso tem razão o evangelista quando diz: "No principio havia o Verbo, ou Pai, que estava em Deus e que era o próprio Deus". Este Verbo, ao ser emitido, produziu o som, o seu efeito, a manifestação divina, que é o
ESPÍRITO DIVINO(o ESPÍRITO SANTO) em todos os universos, ao qual chamamos CRISTO, O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS.

O homem, feito à imagem e semelhança de Deus, tem em si as mesmas propriedades: ele, o homem, "a centelha divina", o "raio de luz que emanou da Fonte da Luz" possui em si a "Palavra Criadora", o Pensamento, que constitui a indivualidade perene: mas esta ao produzir seu efeito, torna se a personalidade que busca a matéria para aperfeiçoar se, surgindo então a personalidade, que é o Filho.



Tudo provém de Deus, tudo está
EM Deus, e Deus está EM tudo, por sua manifestação cristônica. No entanto erram os panteístas, quando afirmam que todas as coisas reunidas e somadas dariam Deus. Jamais poderia isto ocorrer. Mas tem razão o Monismo quando afirma que Deus está em todos e em tudo, conforme diz Paulo em EF 4;5 e em 1 COR 14;28. Deus é o substractum, a substância última de todas as coisas, de tudo o que existe, por que tudo o que existe, existe em Deus.
No versículo 3 está dito; "tudo foi feito por ele". Logicamente tudo promana do Verbo, do Pai Criador, que é o Pai "nosso", cujo o poder é emprestado ao homem, imagem de Deus e centelha divina. "Nele estava a Vida", porque a Vida é Deus, a Vida é a manifestação da Divindade.



"A luz resplandece nas trevas, e contra ela as trevas não prevaleceram". O sentido literal é de absoluta clareza; por maiores que sejam as trevas, elas não prevalecem nem mesmo contra um pequenino palito de fósforo que se acenda. Entretanto, observamos que há outro sentido, que pode deduzir se das palavras anteriores. No versículo 4 está explicado: a Vida é a Luz dos homens". Se a Vida é a Luz dos homens, então as trevas exprimem a morte. Compreendemos, pois: a morte não prevalece contra a vida. Tudo o que nos parece morte, é apenas o desfazimento dos veículos materiais de que é revestido o espírito.


Nos versículos 6 a 8, encontramos uma pequena intromissão, falando a respeito de João Batista: "Houve um homem, chamado João, ENVIADO de Deus". A dedução lógica é evidente: se ele foi ENVIADO, é porque já existia. Com efeito o evangelista não diz: "Houve um homem CRIADO por DEUS", mas ENVIADO por Deus... Observe se bem o sentido das palavras. Se foi enviado é porque já existia antes de nascer, e não apenas existia, como devia ser um espírito de rara inteligência, de grande elevação moral e de muito adiantamento espiritual, com profundo conhecimento da Luz, da qual devia dar testemunho. Deus o ENVIOU para que ele dissesse aos homens aquilo que ele conhecia, que havia visto, que podia testemunhar por experiência própria e direta.


João Batista conhecia a Luz ANTES DE NASCER NA TERRA, porque tinha existência plenamente consciente, era dotado de inteligência, e podia testificar aquilo que vira. Podia, pois, afirmar: "eu vi, eu sei". E os outros podiam crer na palavra dele. Mas o evangelista não deixa de chamar a atenção dos leitores: "Ele NÃO ERA a Luz", apenas a conhecia.Depois de falar nisso, o evangelista alça se a falar na Luz Verdadeira, na Verdadeira Vida, que vivifica toda criatura, Vida que é uma das manifestações da Divindade nos seres criados. Essa manifestação divina está no mundo, mas o mundo não a reconhece, embora tire dela a sua própria origem.


E dessa Luz, passa logo a falar na Luz que se materializou na Terra: a figura ímpar de Jesus, aquele de quem João viera para dar testemunho. E o apóstolo diz que Jesus era "a verdadeira Luz que ilumina todos os homens que vêm à Terra. E Jesus estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, ele estava entre "os seus" e "os seus não o reconheceram"...

Precisamos distinguir aqui entre JESUS, o homem, e o CRISTO, a força divina que impregna todas as coisas, todos os seres.

Jesus é um espírito humano, com uma evolução incalculável à nossa dianteira. Foi ele quem criou este globo terráqueo (senão todo o sistema solar). Ele mesmo,Jesus-habitante elevadíssimo de algum planeta divino- ("na casa de meu Pai há muitas moradas", Jo 14;2) teve o encargo de criar mais um planeta no Universo infinito.

"Ele veio entre os seus, e os seus não o receberam". Realmente,todos nós, na Terra, pertencemos a ele, que nos veio trazendo desde o início da evolução, acompanhando nossos passos com carinho e amor. E o apóstolo prossegue: "deu o poder de tornar se filhos de Deus a todo os que o receberam e que acreditaram em seu nome". Não por causa de privilégios, mas por evolução própria, veremos mais abaixo.

A expressão "filho de", muitíssimo usado na bíblia, é um hebraismo que exprime o ser, que possui a qualidade do substantivo que se lhe segue. Por exemplo: "filho da paz" é o pacífico; "filho da luz" é o iluminado; então, "filho de Deus" é o ser que se divinizou, que se tornou participante da Divindade, que conseguiu ser " um com o Pai". E todos os que nele acreditam e obedecem a seus preceitos, tornam se divinos: "eu e o Pai viremos e NELE faremos morada"(Jo,14;23).

Aí reside o segredo de toda criatura tornar se divina.

Mas esses que se divinizaram, " não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus". São três expressões claras: o sangue, a carne e o homem. Desses três não depende o tornar se divino. O sangue exprime a alma, ou o corpo astral, ou perispírito, conforme se lê: "a alma é a carne do sangue" ( Lev 17;11); a carne representa o corpo físico, a matéria densa acompanhada logicamente do duplo etérico; o homem simboliza o intelecto. Essas são as partes constintuintes da PERSONALIDADE. E realmente não depende da personalidade o encontro com Deus, e sim da INDIVIDUALIDADE SUPERIOR. Tornam se unidos a Deus aqueles que já vivem na individualidade, embora ainda encarcerados na matéria. presos à personalidade inferior e transitória da carne.

Continua o evangelista a explanar o mesmo assunto: " o Verbo se fez carne e construiu seu tabernáculo dentro de nós. Precisamente o grande mistério revelado: o CRISTO, em que se transformou o Verbo, reside DENTRO de cada um de nós, dentro de nossa matéria, de nossa carne: o Verbo se tornou carne. E espera que vamos ao encontro dele, que nele acreditemos, porque ele aí está,"cheio de graça e de verdade", ou seja, cheio da verdadeira graça que é a benevolência e o amor.

A glória do CRISTO dentro de cada um de nós ainda não se manifesta exteriormente, por causa de nossa imperfeição: somos como lâmpadas poderosíssimas e acesas, mas revestidas de grossa camada de lama, que não deixa transparecer a luz que existe internamente. Em Jesus,não: a limpeza era absoluta, sua transparência era mais límpida que a do mais puro cristal imaginável, e a luz interna do CRISTO era totalmente visível, a tal ponto que Paulo pôde escrever: "nele habitava TODA A PLENITUDE DA DIVINDADE"( col 2;9). Por isso foi Jesus chamado "O CRISTO", e dele disse o evangelista: " nós contemplamos a sua glória, glória IGUAL A DO FILHO UNIGÊNITO DO PAI", ou seja, a glória de Jesus igual a glória do Cristo Eterno, Filho de Deus, terceiro aspecto da divindade.

Não viram Deus EM SI, ou seja, o ESPÍRITO ABSOLUTO. O próprio evangelista esclarece: "ninguém jamais viu Deus". Mas o "Filho Unigênito( o Cristo), que está no seio do Pai o revelou" manifestando se em Jesus. E está conclamando todos os homens para que o revelem. Paulo o descreve com palavras sentidas: "o Espírito vem em auxílio de nossa fraqueza... e intercede por nós com gemidos indizíveis"(Rom 8;26).


João Batista reconhecia que Jesus era maior e anterior a ele, mas assim como em Jesus "habitava toda a plenitude da divindade", assim também NÓS TODOS recebemos de sua plenitude. Deus não faz acepção de pessoas. Dá tudo a todos igualmente, mas cada um recebe de acordo com a sua capacidade receptiva,com sua evolução.


Isto tambem afirma o evangelista:" de sua plenitude TODOS NÓS recebemos,e GRAÇA POR GRAÇA". Sem dúvida, a cada passo que damos, aumentam0s nossa capacidade evolutiva, ao que corresponde um acréscimo da manifestação divina em nós: a cada aumento do recipiente corresponde um pouco mais de conteúdo. Assim conosco: " todos nós recebemos DE SUA PLENITUDE,mas GRAÇA por GRAÇA.



Chegando ao fim desse intróito sublime, o evangelista acrescenta mais uma pérola: "porque a Lei foi dada por Moisés, mas a Graça e a Verdade, vieram por Jesus, o Cristo. Não percamos de mira que Graça exprime o sentido de "benevolência, boa vontade". Nem nos esqueçamos de que a construção grega "graça e verdade" pode formar uma hendíades. Então, o sentido que, legitimamente, pode deduzir se daí é o seguinte: " A LEI foi revelado por Moisés( a lei de Causa e Efeito= dente por dente), mas a VERDADEIRA BENEVOLÊNCIA veio com Jesus o Cristo", que nos ensinou a misericórdia, isto é, o segredo para libertar nos dessa Lei.

Encontramos o magnífico exemplo de Jesus, nosso irmão primogênito, que segue à nossa frente, indicando nos o caminho com a sua própria vida, com seus atos, com seu amor, ensinando nos que só no AMOR, semelhante ao dele, podemos encontrar a rota definitiva: "um novo mandamento vos dou, que vos amei uns aos outros TANTO, QUANTO vos amei" (Jo 34;13)

Como fecho sublime do intróito, a frase lapidar: "Ninguém jamais viu a Deus: o Filho Unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou". Na verdade, Deus, o Pensamento ou Mente Universal, é invisível: é uma Força, é a Vida, é o Amor, é a Substância e Essência de todas as coisas que existem. Ninguém pode vê- lo no sentido do verbo grego oráo (...), ou seja, "contemplar com os olhos".



O "Filho Unigênito é o CRISTO, o terceiro aspecto da Divindade, o "produto do pensamento divino que se encontra em todas as coisas". O evangelista esclarece: "que está no seio do Pai, o que é lógico: assim como o Pai(Verbo) está com Deus, está em Deus e é Deus( vers 1), assim tambem o Filho(Cristo) está com o Pai, está no Pai e é o Pai( "eu e o Pai SOMOS UM", Jo 30:10; e "eu estou NO Pai e o Pai está EM mim", Jo 14:11). São apenas ASPECTOS (não "pessoas") de UM SÓ DEUS, de UMA FORÇA CÓSMICA.


Carlos Torres Pastorino, Sabedoria do Evangelho,vol 1-pág 10 a 15


Nenhum comentário: